Martens Ferrão

Martens Ferrão
Martens Ferrão
Nome completo João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Martens
Nascimento 28 de janeiro de 1824
Lisboa
Morte 15 de setembro de 1895 (71 anos)
Florença
Nacionalidade Portugal Portugal

João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Martens (Olivais, 28 de Janeiro de 1824 — Florença, 15 de Novembro de 1895), mais conhecido por Martens Ferrão, foi um jurisconsulto, magistrado e político português, que entre outras funções foi deputado à Cortes e par do Reino, ministro e Procurador-Geral da Coroa. Na fase final da sua vida exerceu funções de embaixador de Portugal junto da Santa Sé, qualidade em que negociou a Concordata de 23 de Maio de 1886. Celebrizou-se com a aprovação em parlamento de uma proposta de reorganização da administração do território, a qual teve contudo vida efémera, já que a contestação popular à extinção de municípios e distritos levou às manifestações da Janeirinha e à consequente queda do governo e revogação da reforma.

Biografia

O Conselheiro João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Martens nasceu em Lisboa, a 28 de Janeiro de 1824, filho do desembargador da Casa da Suplicação Francisco Roberto da Silva Ferrão de Carvalho Martens e de Maria Isabel Brum da Silveira, de ascendência açoriana. Foi irmão de D. José Maria da Silva Ferrão de Carvalho Martens, bispo de Bragança e Miranda e depois bispo de Portalegre, também par do Reino.

Fez estudos preparatórios em Lisboa, ingressando na Universidade de Coimbra a 24 de Outubro de 1848, para cursar Direito. Aluno brilhante, obteve o bacharelato a 8 de Maio de 1852 e a licenciatura a 24 de Julho de 1854. Doutorou-se em Direito a 31 de Maio de 1854, apresentando a dissertação inaugural para o acto de Conclusões Magnas intitulado Teoria do Homem e da Humanidade; Teoria Transcendente da Ciência Económica; Organização da Indústria.

Em 1857 concorreu a um lugar de lente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, lugar para o qual seria nomeado a 21 de Julho de 1858. Na Universidade leccionou diversas cadeiras, tendo-se afirmado como um competente jurisconsulto e um reputado especialista em Direito.

A carreira como deputado e ministro

Apoiante do Partido Regenerador e adepto fervoroso da Regeneração, em meados da década de 1850 foi progressivamente assumindo actividade partidária. Foi eleito pela primeira vez deputado em Dezembro de 1854, numa escrutínio intercalar para preenchimento de vacaturas, em representação do círculo de Guimarães, tendo prestado juramento a 17 de Janeiro de 1855 e indo integrar a maioria regeneradora. Foi um deputado activo, produzindo diversas intervenções e apresentando propostas de lei, com destaque para um diploma sobre instrução pública e outro sobre as bases das companhias de crédito rural. Distinguiu-se pela sua capacidade de produzir propostas de legislação, passando a integrar a Comissão de Legislação.

Para a legislatura de 1857-1858 foi novamente eleito deputado num escrutínio intercalar, desta vez em numa vaga surgida no círculo de Barcelos, tendo prestado juramento a 8 de Janeiro de 1858. Agora integrando a oposição ao governo do Partido Histórico, teve grande relevância na crítica às medidas sanitárias tomadas pelo governo face à epidemia de cólera morbus que afectara parte do país. Também apresentou um projecto de lei que pretendia regular a emigração de cidadãos portugueses para o estrangeiro, em especial o Brasil.

Subindo no escala de importância partidária, fez parte da Comissão Central Eleitoral do Partido Regenerador na preparação das eleições gerais realizadas em Maio de 1858. Nessas eleições foi candidato por Barcelos, tendo sido eleito, com juramento prestado a 21 de Junho de 1858. Neste mandato voltou a fazer parte da Comissão de Legislação, tornando-se num dos mais influentes legisladores da Câmara.

Neste mandato destacou-se particularmente na discussão do discurso da Coroa, onde analisando as políticas do governo, com especial enfoque no escândalo diplomático que se tinha gerado em torno do caso da barca negreira Charles et George, no crescente desequilíbrio das finanças do Estado e no mau andamento das obras públicas, conclui pela sua total oposição à acção do executivo, num discurso muito aplaudido pela Câmara e depois pela imprensa.

Tendo ganho notoriedade como jurisconsulto e legislador, foi chamado a integrar o governo regenerador-cartista presidido por António José de Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha, o 1.º duque da Terceira, como titular do Ministério da Justiça e Negócios Eclesiásticos. Exerceu o cargo desde a tomada de posse do governo, a 16 de Março de 1859, permanecendo no cargo até 4 de Julho de 1860, na fase final já sob a presidência de Joaquim António de Aguiar, uma vez que o duque da Terceira tinha falecido a 26 de Abril de 1860.

Ainda nas funções de ministro, concorreu, novamente por Barcelos, a um lugar de deputado na legislatura de 1860-1861, sendo reeleito. Nesta mandato apresentou, ainda como ministro, um vasto pacote de reformas legislativas, incluindo matérias como o crédito predial, a reorganização do sistema judicial, incluindo a reestruturação dos limites geográficos das comarcas e dos Tribunais da Relação, e a revisão do sistema prisional.

Como político notável do regime, um dos membros da geração que Oliveira Martins apelidaria de liberalismo novíssimo, viu a sua casa em Lisboa ser atacada durante os tumultos do Natal, organizados em Dezembro de 1861 pela organização política radical Patriótica, em resultado dos boatos de envenenamento da família real que corriam em Lisboa face às mortes de D. Pedro V, então com apenas 24 anos de idade, e do infante D. Fernando, ocorridas em Novembro de 1861, e a do infante D. João em Dezembro seguinte, estando também em grande perigo a vida do infante D. Augusto, que pôde salvar-se. Esses tumultos, a que José Estêvão Coelho de Magalhães chamaria no parlamento a anarquia da dor, respondendo ao despotismo da morte, obrigaram o governo a procurar refúgio e fizeram perigar a vida dos políticos e aristocratas vistos como próximos de Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto, o duque de Loulé, como era o caso de Martens Ferrão.

Como reputado especialista em Direito, teve um papel de grande relevância nos trabalhos da comissão encarregue de elaborar uma proposta de revisão do projecto de Código Civil, a qual se manteve em funcionamento de 1861 a 1865.

Nas 13.ª e 14.ª legislaturas, de 1861 a 1865, ambas com a maioria a pertencer ao Partido Histórico, foi eleito pelo círculo de Paredes, onde conseguiu criar um bastião de apoiantes capaz de lhe garantir a entrada no parlamento. Neste período de oposição teve uma participação parlamentar mais discreta, mas ainda assim participando activamente na comissão de legislação e nas reformas do Código Penal Militar.

Na 15.ª legislatura (1865-1868), a legislatura da Fusão, foi novamente reeleito pelo círculo de Paredes. Embora não sendo adepto da fusão entre os dois partidos da Regeneração, mantém no parlamento uma posição reservada em relação a esta matéria, conduzindo a sua actividade parlamentar essencialmente para o campo legislativo, área em que se destaque pela sua capacidade de iniciativa e pela qualidade dos projectos de lei apresentados.

Em 9 de Maio de 1866 substituiu António Augusto de Aguiar no Ministério dos Negócios do Reino, cargo que manteve até à Janeirinha. Nessas funções foi o principal promotor da Lei da Administração Civil de 26 de Junho de 1867, cujo mapa final de divisão do território foi publicada a 10 de Dezembro de 1867, também conhecida pelo Código Martens Ferrão. Esta lei, ao extinguir concelhos e reformular a divisão distrital, gerou descontentamento generalizado e está na génese, a par da rejeição do imposto do consumo, das manifestações populares que levaram à queda do governo em Janeiro de 1868, a Janeirinha.

Nesta sua segunda, e última, passagem pelo governo, para além do polémico código administrativo que leva o seu nome, apresentou um extraordinário pacote de iniciativas legislativas, as quais tocavam diversos sectores da vida pública. Esse pacote legislativo incluía um projecto de lei regulando a construção de escolas primárias, a criação de corpos de polícia e guarda civil, a extinção da mendicidade e a criação de uma rede de estabelecimentos de beneficência, a reforma do ensino primário e profissional, para além de outros diplomas de menor impacto social.

Apesar da crise despoletada pelo seu Código Administrativo, a carreira política de Martens Ferrão sobreviveu. Voltou a ser reeleito por Paredes nas eleições de 22 de Março de 1868, mantendo uma posição relevante e influente no processo legislativo, afirmando que não pretendia causar ‘’embaraços’’ ao novo executivo presidido por António José de Ávila.

O cargo de Procurador-Geral da Coroa e Fazenda

Tomou posse como Procurador-Geral da Coroa e Fazenda em 28 de Julho de 1868. Apesar dessas funções terem sido consideradas incompatíveis com as de deputado, voltou à Câmara a 13 de Janeiro de 1869, eleito, novamente por Paredes, em escrutínio suplementar realizado em Dezembro anterior. Esta situação manter-se-á nas três legislaturas subsequentes, onde será sempre eleito por Paredes. Contudo, a sua participação parlamentar será reduzida, limitando-se quase exclusivamente ao trabalho das comissões relacionadas com legislação e justiça.

Representou pela última vez o círculo de Paredes na legislatura de 1871 a 1874, naquela que seria a sua última presença como deputado, já dominada por Fontes Pereira de Melo, prestando juramento a 21 de Julho de 1871. Mais uma vez, a sua participação circunscreveu-se ao trabalho nas comissões relacionadas com a actividade legislativa.

Nesta última legislatura, apoiou o governo de António José de Ávila na decisão de proibir as Conferências do Casino, afirmando que o governo não podia permitir que continuassem a propagar-se num curso público doutrinas que profundamente ofendiam os sentimentos da Nação e da ordem pública.

Ainda no desempenho das funções de Procurador-Geral, foi designado par do Reino por decreto de 28 de Dezembro de 1871, tomando assento na respectiva Câmara a 9 de Janeiro de 1872, o que implicou a sua saída definitiva da Câmara dos Deputados.

A partir de 1874 foi encarregado das funções de aio dos príncipes D. Carlos e D. Afonso, cuja educação literária e científica lhe foi confiada, um sinal de grande confiança por parte da família real. A decisão foi muito criticada, ficando célebre o ataque que recebeu nas Farpas de Ramalho Ortigão onde era apodado de ingénuo e de incapaz. Nesse mesmo ano, foi nomeado Conselheiro de Estado.

Manter-se-á no cargo de Procurador-Geral até 1885, produzindo importantes pareceres sobre matéria tão diversas como o empréstimo que havia sido contraído por D. Miguel e o grau de vinculação do Estado português ao seu pagamento, as questões coloniais e diversas matérias de direito internacional relacionadas com as colónias portuguesas.

Par do Reino

Tendo entrado na Câmara dos Pares em Janeiro de 1872, a sua actividade foi relativamente discreta, já que as suas funções de Procurador-Geral lhe absorviam a maior parte da sua actividade. Foi assíduo durante as sessões que decorreram até 1885, ano em que partiu para Roma como embaixador português junto da Santa Sé.

A participação de Martens Ferrão na Câmara dos Pares foi também voltada para as questões legislativas, com participação em inúmeras comissões. Depois de nomeado embaixador, a sua participação passou a restringir-se aos períodos em que estava em Lisboa, já que tinha residência quase permanente em Roma.

Embaixador de Portugal na Santa Sé e os anos finais

Nos últimos anos da sua vida, exerceu as funções de embaixador de Portugal junto da Santa Sé, qualidade em que negociou a Concordata de 23 de Maio de 1886. Nesta Concordata ficou finalmente resolvida a questão do Padroado do Oriente, problema que tinha envenenado as relações entre Portugal e Santa Sé durante várias décadas.

Faleceu em Florença, a 15 de Novembro de 1895. É recordado na toponímia da cidade de Lisboa, que lhe dedica uma importante artéria.

Foi pai de Francisco Roberto da Silva Ferrão de Carvalho Martens, 1.º Conde de Martens Ferrão, também deputado e par do reino, lugar em que sucederia a seu pai.

Obras publicadas

  • Dissertação inaugural para o acto de conclusões magnas na Faculdade de Direito, Coimbra, Impr. da Universidade, 1854;
  • Concurso feito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em Maio de 1858, Lisboa, Typ. de J. C. de Sousa Neves, [1858];
  • Officio do embaixador extraordinario de Portugal junto da Santa Sé ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Lisboa, Imp. Nacional, 1886;
  • Consulta fiscal do Conselheiro d'Estado Procurador Geral da Coroa e Fazenda Dr. João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Mártens acerca do empréstimo de 16 de Julho de 1852 denominado emprestimo de D. Miguel, Lisboa, Impr. Nacional, 1880;
  • Consultation du Conseiller d'Etat avocat général de la couronne de Portugal S. E. Mártens Ferrão sur les prétentions des porteurs de titres de l'emprunt D. Miguel, Lisbonne, Impr. Nationale, 1880;
  • Discurso acerca da questão da barca "Charles et George" proferido na discussão da resposta ao discurso da coroa nas sessões de 20 e 21 de Dezembro pelo Deputado por Barcellos João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Martens, [s.l.], [18--];
  • Discurso proferido na discussão da resposta ao discurso da Coroa na Camara dos Dignos Pares do Reino nas sessões de 25 e 26 de Junho de 1891$fpor João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Mártens..., Lisboa, Impr. Nacional, 1891;
  • Discurso proferido na sessão de 9 de Abril de 1856 por João Baptista da Silva Ferrão Carvalho Martens, [Lisboa], Imp. Nacional, 1856;
  • Dissertação inaugural para o acto de conclusões magnas na Faculdade de Direito, Coimbra, Imp. da Universidade, 1854;
  • La question entre le Portugal et le Bresil..., Rome, Imp. Forsani, 1894;
  • La question portugaise du Congo par devant de droit public de l'Europe, Lisbonne, Imprimeries Nationale, 1884;
  • Discurso proferido na discussão da resposta ao discurso da corôa na camara dos pares, na sessão legislativa de 1885 (relator), [s.l.], 1885;
  • Discursos pronunciados na Câmara dos Dignos Pares demonstrando a legalidade das concessões feitas ao capitão d'artilharia Paiva de Andrade, pelos... João de Andrade Corvo, Thomaz Ribeiro e Mártens Ferrão, Lisboa, Typ. do Diário Ilustrado, 1879.

Ligações externas

  • «Lição apresentada para concurso feito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em Maio de 1958» (PDF) 
  • «Dissertação inaugural para o acto de conclusões magnas na Faculdade de Direito» (PDF) 

Referências gerais

  • Maria Filomena Mónica (coordenadora), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), vol. 2, pp. 762-767, Assembleia da República, Lisboa, 2005.
  • v
  • d
  • e

Luís Mouzinho de Albuquerque António César de Vasconcelos Correia (interino) José António Ferreira Brak-Lamy José Dionísio da Serra Marquês de Palmela (interino) Luís Mouzinho de Albuquerque (interino) Marquês de Palmela (interino; continuação) Luís Mouzinho de Albuquerque (2.ª vez) Bernardo de Sá Nogueira Cândido José Xavier Joaquim António de Aguiar Bento Pereira do Carmo Francisco de São Luís Saraiva Agostinho José Freire João de Sousa Pinto de Magalhães Rodrigo da Fonseca Visconde de Sá da Bandeira (interino) Luís Mouzinho de Albuquerque (3.ª vez) Agostinho José Freire (2.ª vez) Passos Manuel Visconde do Banho (não empossado) Passos Manuel (reconduzido) António Dias de Oliveira Júlio Gomes da Silva Sanches João de Oliveira António Fernandes Coelho • Júlio Gomes da Silva Sanches (2.ª vez) Rodrigo da Fonseca (2.ª vez) Joaquim António de Aguiar (2.ª vez) Joaquim António de Magalhães Junta Provisória de Governo Luís Mouzinho de Albuquerque (4.ª vez) Conde de Tomar Duque da Terceira (interino) Conde de Tomar (continuação) José Bernardo da Silva Cabral (interino) Conde de Tomar (continuação) Duque de Palmela (2.ª vez) Luís Mouzinho de Albuquerque (5.ª vez) Duque de Palmela (3.ª vez) Visconde de Oliveira Francisco Tavares de Almeida Proença António de Azevedo Melo e Carvalho Bernardo Gorjão Henriques Duque de Saldanha José Marcelino de Sá Vargas (interino) Duque de Saldanha (continuação) Conde de Tomar (2.ª vez) Félix Pereira de Magalhães (interino) Conde de Tomar (2.ª vez; continuação) Félix Pereira de Magalhães (interino) Barão da Luz (interino) Duque de Saldanha (2.ª vez) José Ferreira Pestana Rodrigo da Fonseca (3.ª vez) Marquês de Loulé (interino) Júlio Gomes da Silva Sanches (3.ª vez) Marquês de Loulé António Maria de Fontes Pereira de Melo Marquês de Loulé (2.ª vez) Anselmo José Braamcamp (interino) Marquês de Loulé (3.ª vez) Marquês de Sabugosa Júlio Gomes da Silva Sanches (4.ª vez) Joaquim António de Aguiar (3.ª vez) João Martens Ferrão • Conde de Ávila (interino) António Alves Martins Duque de Loulé (4.ª vez) Duque de Saldanha (3.ª vez; interino) António Rodrigues Sampaio José Dias Ferreira (inicialmente interino) António Alves Martins (2.ª vez) Carlos Bento da Silva (interino) António Alves Martins (2.ª vez; continuação) Marquês de Ávila (2.ª vez; inicialmente interino) António Rodrigues Sampaio (2.ª vez) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (2.ª vez; continuação) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (2.ª vez; continuação) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (2.ª vez; continuação) Marquês de Ávila (3.ª vez) António Rodrigues Sampaio (3.ª vez) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (3.ª vez; continuação) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (3.ª vez; continuação) José Luciano de Castro António Rodrigues Sampaio (4.ª vez) Tomás Ribeiro António Serpa (interino) Tomás Ribeiro (continuação) António Serpa (interino) Tomás Ribeiro (continuação) Augusto César Barjona de Freitas José Luciano de Castro (2.ª vez) António Serpa António Cândido Lopo Vaz de Sampaio e Melo Mariano de Carvalho (interino) Lopo Vaz de Sampaio e Melo (continuação) José Dias Ferreira (2.ª vez; interino) António Teles de Vasconcelos (interino) José Dias Ferreira (2.ª vez; continuação; interino) João Franco José Luciano de Castro (3.ª vez) Ernesto Hintze Ribeiro Luís Augusto Pimentel Pinto (interino) Ernesto Hintze Ribeiro (continuação) António Augusto Pereira de Miranda Eduardo José Coelho Ernesto Hintze Ribeiro (2.ª vez) João Franco (2.ª vez) Francisco Ferreira do Amaral Artur de Campos Henriques Alexandre Cabral Venceslau de Lima Francisco Felisberto Dias Costa António Teixeira de Sousa

Bandeira de Portugal (1830–1910)
« Antigo Regime
Primeira República »
  • v
  • d
  • e

Luís Mouzinho de Albuquerque António César de Vasconcelos Correia (interino) José António Ferreira Brak-Lamy José Dionísio da Serra José Xavier Mouzinho da Silveira Joaquim António de Magalhães José da Silva Carvalho (interino) Joaquim António de Aguiar António Barreto Ferraz de Vasconcelos • Manuel Duarte Leitão Manuel António de Carvalho João de Sousa Pinto de Magalhães Manuel António Velez Caldeira • Joaquim António de Aguiar (2.ª vez) António Vieira de Castro Francisco de Paula de Oliveira (não empossado) António Vieira de Castro (reconduzido) Passos Manuel (interino) António Dias de Oliveira (interino) José Alexandre de Campos João de Oliveira Manuel Duarte Leitão (2.ª vez; interino) António Fernandes Coelho (interino) João Cardoso da Cunha Araújo • António Bernardo da Costa Cabral Joaquim António de Aguiar (3.ª vez; interino) Joaquim António de Magalhães (2.ª vez; interino) Joaquim Filipe de Soure Junta Provisória de Governo Luís Mouzinho de Albuquerque (2.ª vez; interino) João Baptista Felgueiras António de Azevedo Melo e Carvalho Visconde de Algés Duque da Terceira (interino) Conde de Tomar (interino) José Bernardo da Silva Cabral (inicialmente interino) Conde de Tomar (interino) Duque de Palmela (interino) Joaquim Filipe de Soure (2.ª vez) Joaquim António de Aguiar (4.ª vez) José Jacinto Valente Farinho Manuel Duarte Leitão (3.ª vez) Francisco da Silva Ferrão Bernardo Gorjão Henriques (interino) Joaquim José de Queirós José Joaquim de Azevedo e Moura João Elias da Costa Faria e Silva • José Marcelino de Sá Vargas Félix Pereira de Magalhães • Marino Miguel Franzini (interino) Joaquim Filipe de Soure (3.ª vez) António Bernardo da Fonseca Moniz (não empossado) Rodrigo da Fonseca (interino) António Luís de Seabra Rodrigo da Fonseca (2.ª vez; interino) Frederico Guilherme da Silva Pereira Elias da Cunha Pessoa Vicente Ferrer António José de Ávila (interino) José Silvestre Ribeiro António José de Ávila (2.ª vez; interino) João Martens Ferrão • Alberto António de Morais Carvalho • Gaspar Pereira da Silva • Anselmo José Braamcamp (interino) Gaspar Pereira da Silva (continuação) António Aires de Gouveia Júlio Gomes da Silva Sanches (interino) Augusto César Barjona de Freitas Visconde de Seabra (2.ª vez) António Alves Martins (interino) António Pequito Seixas de Andrade António Alves Martins (interino) António Pequito Seixas de Andrade (continuação) João José de Mendonça Cortês • José Luciano de Castro Duque de Saldanha (interino) José Dias Ferreira (interino) Marquês de Ávila (interino) António Alves Martins (interino) Augusto Saraiva de Carvalho José de Melo Gouveia (interino) José Marcelino de Sá Vargas (2.ª vez) Augusto César Barjona de Freitas (2.ª vez) António Cardoso Avelino José de Sande Magalhães Mexia • Augusto César Barjona de Freitas (3.ª vez) Tomás Ribeiro (interino) António Maria do Couto Monteiro • Adriano Machado António José de Barros e Sá Júlio de Vilhena Lopo Vaz de Sampaio e Melo Augusto César Barjona de Freitas (4.ª vez; interino) Manuel de Assunção • Francisco da Veiga Beirão José Luciano de Castro (interino) Francisco da Veiga Beirão (continuação) Lopo Vaz de Sampaio e Melo (2.ª vez) Emílio Brandão • Alberto António de Morais Carvalho (2.ª vez) António Aires de Gouveia (interino) António Teles de Vasconcelos António de Azevedo Castelo Branco Francisco da Veiga Beirão (2.ª vez) José de Alpoim Artur de Campos Henriques Luís Pimentel Pinto (interino) Artur de Campos Henriques (continuação) José de Alpoim (2.ª vez) Artur Montenegro Artur de Campos Henriques (2.ª vez) José de Abreu do Couto de Amorim Novais • António José Teixeira de Abreu Artur de Campos Henriques (3.ª vez) João de Alarcão Conde de Castro e Sola Francisco José de Medeiros Venceslau de Lima (interino) Artur Montenegro (2.ª vez) Francisco da Veiga Beirão (3.ª vez) Manuel Fratel

Bandeira de Portugal (1830–1910)
« Antigo Regime
Primeira República »
  • v
  • d
  • e
Presidente do Conselho
de Ministros
Duque da Terceira (1859–1860) • Totalidade dos membros do governo interinos (1860)
Duque da Terceira, 21.º chefe de governo de Portugal
Ministros e
Secretários de Estado
Reino
Negócios Eclesiásticos e de Justiça
João Martens Ferrão
Fazenda
Guerra
Duque da Terceira interino (1859–1860) • António Serpa interino (1860)
Marinha e Ultramar
Adriano Ferreri (1859–1860) • António Maria de Fontes Pereira de Melo (1860)
Negócios Estrangeiros
Duque da Terceira (1859–1860) • José Maria do Casal Ribeiro interino (1860)
Obras Públicas, Comércio e Indústria
← 22.º governo (1856–1859) • 24.º governo (1860) →
  • v
  • d
  • e
Presidente do Conselho
de Ministros
Joaquim António de Aguiar, 25.º chefe de governo de Portugal
Ministros e
Secretários de Estado
Reino
Joaquim António de Aguiar (1865–1866) • João Martens Ferrão (1866–1868)
Negócios Eclesiásticos
e de Justiça
Fazenda
Guerra
Marinha e Ultramar
Negócios Estrangeiros
Conde de Castro (1865–1866) • José Maria do Casal Ribeiro (1866) • João de Andrade Corvo interino (1866) • José Maria do Casal Ribeiro continuação (1866–1867) • João de Andrade Corvo interino (1867) • José Maria do Casal Ribeiro continuação (1867–1868)
Obras Públicas, Comércio
e Indústria
Conde de Castro (1865–1866) • José Maria do Casal Ribeiro (1866) • João de Andrade Corvo (1866–1868)
← 26.º governo (1865) • 28.º governo (1868) →
  • v
  • d
  • e
Procuradores-gerais
da Coroa
João Baptista Felgueiras (1833–1836) • António Dias de Oliveira (1836) • José d'Aguiar Ottolini (1838–1844 / 1846–1858) • José Corrêa de Lacerda (1844–1846) • Joaquim Pereira Guimarães (1859–1865) • Sebastião de Almeida e Brito (1865–1868) •
Brasão de Armas do Reino de Portugal

Brasão de Armas da República Portuguesa
Procuradores-gerais
da Coroa e Fazenda
Martens Ferrão (1868–1886) • António Cardozo Avelino (1886–1889) • Adriano Cardoso Machado (1890–1891) • Ernesto Hintze Ribeiro (1891–1891) • Diogo de Sequeira Pinto (1892–1898) • António Cândido (1898–1910)
Procuradores-gerais
da República
Manuel de Arriaga (1910–1911) • José de Azevedo e Silva (1912–1929) • Francisco Henriques Góis (1929–1938) • Francisco Caeiro (1943–1954) • António Furtado dos Santos (1969–1974) • João de Deus Pinheiro Farinha (1974–1977) • Eduardo Augusto Arala Chaves (1977–1984) • José Narciso da Cunha Rodrigues (1984–2000) • José Souto de Moura (2000–2006) • Fernando Pinto Monteiro (2006–2012) • Joana Marques Vidal (2012–2018) • Lucília Gago (2018–presente)
Controle de autoridade