Vidas Nuas

Vidas Nuas
 Brasil
1967 •  cor •  85 min 
Género drama erótico
Direção Ody Fraga
Roteiro Ody Fraga
Elenco Francisco Negrão
Maria Alba Espósito
Nelcy Martins
Idioma português

Vidas Nuas é um filme brasileiro de 1967, um drama erótico escrito e dirigido por Ody Fraga[1]. Números musicais com Almir Rogério (que compôs a música-tema "Tem dó de mim") e "Os Quatro Fugitivos". Muitas cenas da cidade de São Paulo, Via Anchieta e do litoral paulista. O filme foi terminado após os produtores A.P.Galante e Alfredo Palácios terem adquiridos os direitos do inacabado Erotika e aumentarem a metragem para exibição comercial [2].

Elenco

  • Francisco Negrão...Antônio
  • Maria Alba Espósito...Sônia (creditada como Maria Alba)
  • Nelcy Martins...Mônica
  • Alfredo Escarlate...Mário
  • Lisa Negri...Lena
  • Thaís Helena...Paula
  • Tania Reys...ela mesma (participação especial creditada como "A Rainha do Strip-Tease")
  • Satur Cerra
  • Cícero Liendo
  • Rosalvo Campos

Sinopse

O intelectual Antônio é casado com a milionária Sônia e mora com ela e a filha Mônica. Sônia o trai abertamente com o amante Mário, na própria casa. Antônio nada faz e deixa a esposa com o amante enquanto sai e passa as noites em boates e assistindo a shows de stripteases. Mônica não aceita as atitudes da mãe e acaba se apaixonando pelo padrasto, enquanto é assediada por Mário e por um professor da universidade em que estuda.

Produção

Após adaptar como roteirista o romance “O Cabeleira” de Franklin Távora, Ody Fraga começou a dirigir e roteirizar o drama “Erótica” para o estúdio Irmãos Lopes (dos produtores João e Landa Lopes). Em dezembro de 1962, o filme havia sido rodado e encontrava-se em fase de dublagem quando o estúdio propôs uma refilmagem, com roteiro agora produzido por Landa Lopes,[3] e chegou a convidar Annik Malvil[4] e Guy Loup[5] para interpretar a protagonista, porém Maria Alba, protagonista original, acabou mantida.[6] “Erotica” foi rodado pela segunda vez em vinte e sete dias no início de 1963, com seu nome causando polêmica e confundindo os espectadores e imprensa (que achavam tratar-se de filme erótico/pronográfico) enquanto Landa Lopes tentava apresentar a obra como conservadora.[7]

O filme foi programado para ser lançado nos cinemas de São Paulo em abril de 1963.[8] No entanto, o lançamento foi sendo postergado e em outubro daquele ano ainda havia expectativa pelo lançamento do filme.[9] No fim, o projeto acabou arquivado e o estúdio Irmãos Lopes acabou fechado. Em 1967 o filme acabou adquirido pelos produtores Antonio Polo Galante e Alfredo Palácios, que decidiram incluir cenas de streaptease, alterando o tom conservador da obra impresso pelos irmãos Lopes, e contrataram o montador Silvio Renoldi para concluir o filme. Apesar de concluído, o filme não foi realizado conforme o planejado por Fraga.[10]

Referências

  1. Filmografia Cinemateca Acessado em 8-11-14
  2. Livro "Enciclopédia do Cinema Brasileiro", pg. 265 - Acessado em 8-11-14
  3. «Nova fita de diretor paulista». O Estado de S Paulo, ano LXXXIII, edição 26875, página 12. 2 de dezembro de 1962. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  4. Nadia N (novembro de 1962). «Francesinha de Biquíni». Cinelândia, edição, 240, página 69/republicado pela Biblioteca Nacional -Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  5. Lyba Fridman (Novembro de 1962). «Pingos nos II...». Revista Cinelândia, edição 240, página 72/republicado pela Biblioteca Nacional -Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  6. Fora de Foco (Janeiro de 1963). «De S.Paulo». Revista Cinelândia, edição 244, página 64/republicado pela Biblioteca Nacional -Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  7. «"Erótica" não é filme imoral:trata tema ousado com seriedade». Diário da Noite, ano XXXVIII, edição 11694, Segundo Caderno, página 4/republicado pela Biblioteca Nacional -Hemeroteca Digital Brasileira. 6 de março de 1963. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  8. Alcides do Amaral (23 de março de 1963). «Bichinhos de pelúcia, melodia suave e um biquíni vermelho num corpo certinho: BB brasileira na intimidade». Diário da Noite, ano XXXVIII, edição 11709, Segundo Caderno, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional -Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  9. «Artista de cinema ameaçada de morte». Diário da Noite, ano XXXVIII, edição 11866, Segundo Caderno, página10/republicado pela Biblioteca Nacional -Hemeroteca Digital Brasileira. 16 de outubro de 1963. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  10. «O gênio de Antonioni em "Blow Up": Vidas nuas». O Estado de S. Paulo, ano 88, edição 28365, página 19. 1 de outubro de 1967. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  • v
  • d
  • e
Filmes dirigidos por Ody Fraga
Década de 1960
O Diabo de Vila Velha (1966)  • Vidas Nuas (1967)
Década de 1970
Macho e Fêmea (1974)  • Adultério, as Regras do Jogo (1974)  • O Sexo Mora ao Lado (1975)  • Amantes, Amanhã se Houver Sol (1975)  • Quem É o Pai da Criança? (1976)  • Terapia do Sexo (1978)  • Reformatório das Depravadas (1978)  • E Agora José? - Tortura do Sexo (1979)  • A Dama da Zona (1979)
Década de 1980
Palácio de Vênus (1980)  • A Noite das Taras (1980)  • O Sexo Nosso de Cada Dia (1981)  • Aqui, Tarados! (1981)  • A Filha de Calígula (1981)  • A Fêmea do Mar (1981)  • Mulher Tentação (1982)  • Fome de Sexo (1982)  • As Gatas, Mulheres de Aluguel (1982)  • A Noite das Taras II (1982)  • Tentação na Cama (1984)  • Erótica, a Fêmea Sensual (1984)  • Senta no Meu, que Eu Entro na Tua (1985)  • Mulheres Taradas Por Animais (1989)