Segundo processo de vacância presidencial contra Martín Vizcarra

Segundo processo de vacância presidencial contra Martín Vizcarra
Crise política no Peru de 2017-2020

Martín Vizcarra em julho de 2020 com seu então Primeiro-Ministro, Pedro Cateriano, e seu então Ministro da Defesa, Walter Martos.
Acusado Martín Vizcarra
Período 20 de outubro de 2020 a 9 de novembro de 2020
Acusações «Incapacidade moral permanente »; Revelação de supostos pagamentos ilícitos de empresas de construção ao Presidente Vizcarra durante a sua gestão como governador regional de Moquegua e, posteriormente, como Ministro dos Transportes e Comunicações.
Votação no Congresso da República
Placar
105 / 130
19 / 130
4 / 130
2 / 130

Por maioria qualificada (87 de 130 votos no Congresso)

Resultado Aprovado

O segundo processo de vacância presidencial contra Martín Vizcarra foi uma ação iniciada pelo Congresso da República do Peru sob o fundamento de "incapacidade moral permanente" do Presidente da República, Martín Vizcarra.[1] Em 20 de outubro de 2020, as bancadas dos partidos Unión por el Perú, Podemos Perú, Frente Amplio e outros alcançaram o nível de assinaturas necessário para apresentar a chamada "moção de vacância" por supostos casos de corrupção do presidente durante seu mandato como governador regional de Moquegua.[2][3]

Inicialmente, o debate para a admissão da moção de vacância ocorreria no dia 31 de outubro, mas posteriormente foi estendido até a primeira semana de novembro sem especificar o dia exato. Por fim, decidiu-se que sua a admissão seria debatida no dia 2 de novembro.[4] Chegada a data, a moção foi admitida ao debate com 60 votos favoráveis, 40 contrários e 18 abstenções, razão pelo qual o presidente da república teve de comparecer à sessão plenária de 9 de novembro para exercer seu direito de defesa.[5]

Depois de ouvir o presidente Vizcarra, o Congresso debateu e aprovou a destituição por incapacidade moral por 105 votos a favor.[5] Vizcarra tornou-se o terceiro presidente a ser declarado nesta situação, depois de Guillermo Billinghurst (1914) e Alberto Fujimori (2000).[6] Após a destituição de Vizcarra, Manuel Merino tornou-se o novo presidente do país.[7]

Votação do Congresso

Presidente Data Voto Accion Popular Alianza Para el Progreso FREPAP Fuerza Popular UPP Podemos Peru Somos Peru Partido Morado Frente Amplio Ind. Total


Martín Vizcarra

ind.
9 de novembro de 2020



Moção aprovada

Condenado

Sim 18 20 14 15 12 10 7 6 3
105 / 130
 Não 4 1 2 9 2 1
19 / 130
Ausente 1 1
2 / 130
Abstenção 2 1 1
4 / 130

Ver também

Referências

  1. «¿Otra moción de censura contra Vizcarra? Nuevamente la vacancia presidencial». La Ley. 20 de outubro de 2020 
  2. «UPP alcanza firmas para presentar moción de vacancia presidencial». RPP Noticias. 20 de outubro de 2020 
  3. «Congresso peruano aprova impeachment do presidente Martín Vizcarra.». Bol. 9 de novembro de 2020 
  4. Viguria, Carlos (31 de outubro de 2020). «Admisión de vacancia contra el presidente Martín Vizcarra se verá este lunes». Perú 21 
  5. a b «Vizcarra deberá ir al Congreso este lunes 9 de noviembre para defenderse por moción de vacancia». Gestion.pe. 2 de novembro de 2020 
  6. «Congresso do Peru aprova impeachment e destitui presidente Martín Vizcarra». G1 (em inglês). 9 de novembro de 2020. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  7. «Manuel Merino: ¿Qué sucede después de la vacancia del presidente Martín Vizcarra?» (em espanhol). El Comercio. 9 de novembro de 2020. Consultado em 10 de novembro de 2020 
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