Queimadas (Bahia)

 Nota: Não confundir com Queimadas (Paraíba).
 Nota: Para outras cidades contendo este nome, veja Queimada (desambiguação).

Queimadas
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Queimadas
Bandeira
Brasão de armas de Queimadas
Brasão de armas
Hino
Gentílico queimadense
Localização
Localização de Queimadas na Bahia
Localização de Queimadas na Bahia
Localização de Queimadas na Bahia
Queimadas está localizado em: Brasil
Queimadas
Localização de Queimadas no Brasil
Map
Mapa de Queimadas
Coordenadas 10° 58' 40" S 39° 37' 26" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Nordestina, Santaluz, Cansanção, Filadélfia, Ponto Novo, Caldeirão Grande, Caém e Capim Grosso
Distância até a capital 302 km
História
Fundação 20 de junho de 1884 (140 anos)
Administração
Prefeito(a) André Luiz Andrade (PT, 2021–2024)
Características geográficas
Área total IBGE/2022[1] 2 011,060 km²
População total (Censo de 2022) [2] 25 988 hab.
Densidade 12,9 hab./km²
Clima Semi-árido
Altitude 295 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 48860-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,592 baixo
PIB (IBGE/2021[4]) R$ 257 882,02 mil
PIB per capita (IBGE/2021[4]) R$ 10 141,66
Sítio queimadas.ba.gov.br (Prefeitura)

Queimadas é um município brasileiro do estado da Bahia.[5] Está situada a uma latitude 10º58'42" sul e a uma longitude 39º37'35" oeste.

Sua população, conforme o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 25 988 habitantes. Possui uma área territorial de 2 011,060 km².[6]

História

Originalmente habitada por indígenas, cujo nome não é certo, mas que deixaram vestígios, o devassamento primitivo da região de Queimadas ocorreu no século XVII, com a expansão do latifúndio da Casa da Ponte e as expedições para Jacobina.[7]

No século XVIII, a região da atual cidade de Queimadas pertencia a duas fazendas chamadas “As Queimadas” – de onde provém o nome do município -, pertencente a Isabel Maria Guedes de Brito, cuja denominação vem das grandes queimadas para pôr roçados na Caatinga, hábito esse herdado dos indígenas. Com o passar do tempo, Isabel franqueou terras àqueles que queriam se fixar nas fazendas das Queimadas.[7]

Em 1815, foi erguida, no povoado nascente de Queimadas, uma capela em louvor a Santo Antônio, cuja imagem foi entronizada em 13 de junho desse ano. Segundo a lenda, essa imagem do santo casamenteiro apareceu milagrosamente debaixo de uma árvore em frente ao local em que a capela foi edificada e a proprietária da fazenda a recolheu várias vezes, mas ela sempre reaparecia no local em que fora encontrada, o que indicava, segundo os locais, que Santo Antônio queria que ali fosse edificada uma capela.[7]

Pela Lei Provincial n° 168, de 19 de maio de 1842, a povoação de Queimadas foi elevada à categoria de freguesia, com o nome “Santo Antônio de Queimadas”, sendo subordinada à Vila Nova da Rainha (atual Senhor do Bonfim).[7]

A Resolução provincial n° 2454, de 20 de junho de 1884, desmembra da Vila Nova da Rainha as freguesias de Santo Antônio das Queimadas e São Gonçalo da Serra da Itiúba para formar a nova Vila Bela de Santo Antônio das Queimadas, a qual foi instalada em 20 de junho de 1887.[7]

Em 6 de fevereiro de 1886, foi a inaugurada a estação ferroviária de Queimadas, pertencentes à Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco. Em 1897, durante a Guerra de Canudos, por esta estação de trem transitaram os soldados da quarta expedição contra o arraial de Antônio Conselheiro.[7]

A Lei estadual n° 1081, de 19 de junho de 1915, simplifica o nome do município de Santo Antônio de Queimadas para Queimadas.[7]

Ao longo de sua história, Queimadas perdeu território para a criação dos municípios de Itiúba (1935), Santa Luzia (atual Santaluz, 1935) e Nordestina (1985).[7][8]

Queimadas é hoje uma cidade de festas populares e de pessoas que através da arte resgatam a cultura do povo brasileiro, nordestino, baiano e queimadense.[7]

Geografia

Os principais acidentes geográficos do município são o Rio Itapicuru, em cujas margens está a sede municipal, e a Serra das Marrecas.[9]

Demografia

Apesar de não ser o ideal, o município evoluiu no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No ano de 1991, o índice era de 0,267. No ano de 2000, era de 0,434. O mais recente medido, no ano de 2010 com 0,592.[6]

Infraestrutura

Saúde

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) no município passou de 15,23 por mil nascidos vivos, em 2006, para 10,3 por mil nascidos vivos, no ano de 2019.[6]

  • Hospital Municipal Dr° Edson Silva[10]

Educação

  • Faculdade Santo Antônio de Queimadas[11]

Filhos ilustres

Ver artigo principal: Os Sertões

A cidade é citada diversas vezes no livro Os Sertões do escritor e jornalista carioca Euclides da Cunha - considerado um dos principais livros da literatura brasileira.[13][14]

Dada a importância do município na Guerra de Canudos, a cidade é recorrentemente descrita no livro.[15][16]

Referências

  1. «Cidades e Estados». IBGE. Consultado em 30 de julho de 2024 
  2. «População». IBGE. 28 de junho de 2023. Consultado em 30 de julho de 2024 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - Queimadas (BA)». IBGE Cidades. Consultado em 1 de setembro de 2024 
  5. «Queimadas (BA) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 30 de julho de 2024 
  6. a b c «Queimadas». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 12 de julho de 2021 
  7. a b c d e f g h i «Queimadas - Dados Municipais». Prefeitura Municipal de Queimadas. Consultado em 1 de setembro de 2024 
  8. «Queimadas (BA) - histórico». IBGE Cidades. Consultado em 1 de setembro de 2024 
  9. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros 🔗 (PDF). Rio de Janeiro: IBGE. 1958. p. 148 
  10. «Hospital Municipal Dr Edson Silva em Queimadas - BA». Lista Saúde. Consultado em 13 de julho de 2021 
  11. «Faculdade Santo Antônio de Queimadas – Grupo CAELIS». Consultado em 13 de julho de 2021 
  12. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «ARTUR NEGREIROS FALCAO». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 13 de julho de 2021 
  13. Santana, José Carlos Barreto de (julho de 1998). «Geologia e metáforas geológicas em Os sertões». História, Ciências, Saúde-Manguinhos: 117–131. ISSN 0104-5970. doi:10.1590/S0104-59701998000400007. Consultado em 13 de julho de 2021 
  14. Oliveira, Ricardo de (2002). «Euclides da Cunha, Os Sertões e a invenção de um Brasil profundo». Revista Brasileira de História: 511–537. ISSN 0102-0188. doi:10.1590/S0102-01882002000200012. Consultado em 13 de julho de 2021 
  15. «Os Sertões, de Euclides da Cunha». Toda Matéria. Consultado em 13 de julho de 2021 
  16. DA CUNHA, Euclides (2020). Os Sertões. [S.l.]: Principis. 368 páginas 

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