Pedro Xisto

Pedro Xisto
Nascimento 1901
Limoeiro, Pernambuco
Morte 1987 (86 anos)
São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Ocupação poeta e jornalista

Pedro Xisto Pereira de Carvalho, ou Pedro Xisto (Limoeiro, 1901 - São Paulo, 1987), foi um poeta visual, haicaísta, teórico da literatura, jornalista e professor brasileiro.

Biografia

Advogado formado em Pernambuco, Pedro Xisto trabalhou como procurador do estado e adido cultural do Brasil em vários países e, inicia-se na produção de haiku em 1949.[1]

A partir de 1957, já produzia crítica de poesia convidado pelo diário paulista Folha da Manhã tendo escrito quatro textos “sobre teoria, história e razão de ser da poesia concreta na sociedade moderna brasileira” com o título igual de “Poesia em Situação”, transformado em livro posteriormente, em 1960, pelo Grupo Concreto do Ceará.[2]

Ligou-se à poesia concreta e ao grupo Noigandres, núcleo principal da poesia concreta em 1958[3] e passou a integrar o editorial da revista Invenção, a segunda revista do grupo, dirigida por Décio Pignatari desde o seu primeiro número, publicado em 1962.[4]

Sua obra explorou, principalmente, elementos da poesia japonesa tradicional e da poesia concretista,[5] tendo ele escrito poemas tanka e um maior número de haicais, tendo passagens pela escrita de sonetos à moda parnasiana na década de 1940,[6] sendo os seus poemas visuais que chamou de “logogramas”, nos quais o autor buscou uma estruturação próxima dos ideogramas japoneses, conforme Antônio Miranda,[7] que firmaram a imagem do poeta.

Sua produção poética faz parte de diversas antologias brasileiras e internacionais, de poesia visual e de haiku também, e seus poemas tanka foram mostrados no festival poético do ano novo, apresentado no Palácio Imperial japonês, no ano de 1974.[8]

Prêmios

Prêmio de poesia Fabio Prado (1961) e Prêmio International Pen Friend de São Paulo (1961), por Haikais & Concretos (1960).

Obra

  • Haikais & Concretos, 1960.
  • 8 Haikais de Pedro Xisto (1960)
  • Poesia em Situação (1960) – Crítica de poesia.
  • Caderno de Aplicação (1966)
  • Logogramas (1966)
  • a e i o u; ou Vogaláxia (1966)
  • Caminho (1979)
  • Partículas (1984)

Referências

  1. Antônio Miranda. PEDRO XISTO (1901-1987). Página ampliada e republicada em março de 2008; ampliada e republicada em junho 2010.
  2. Vinholes, L. C. Pedro Xisto. POESIA CONCRETA BRASILEIRA - Dados-Informações-Comentários. Página visualizada em 05/06/2014.
  3. «Jornal de Poesia. Concretismo - Outros poetas & cronologia. Página visualizada em 05/06/2014.». Consultado em 6 de junho de 2014. Arquivado do original em 20 de julho de 2013 
  4. Ávila, Carlos. Invenção - Uma reedição necessária. Letras- UFMG. Belo Horizonte.2012.[ligação inativa]
  5. Miranda, Antonio. Haikai - Pedro Xisto. Página publicada em fevereiro de 2009.
  6. Fróes, Elson. Pedro Xisto Pereira de Carvalho (Limoeiro PE 1901-1987). Sonetário brasileiro. Página visualizada em 08/06/2014.
  7. Miranda, Antonio. Poesia concreta - PEDRO XISTO (1901-1987). Página visualizada em 08/06/2014.
  8. Berlendis & Vertecchia Editora. Pedro Xisto. Página visualizada em 05/06/2014.
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