Paternoster, Cabo Ocidental

Pescador vendendo sua pesca do dia na praia de Paternoster

Paternoster é uma das mais antigas vilas de pescadores na Costa Oeste da África do Sul. Está situado a 15 km a noroeste de Vredenburg[1] e a 145 km a norte da Cidade do Cabo, no Cabo Columbine, entre Baía de Saldanha e Baía de St. Helena. A cidade ocupa uma área de 194,8 hectares e tem cerca de 1971 habitantes (2011).

A origem do nome permanece desconhecida. Muitas pessoas acreditam que o nome, que significa "Pai Nosso" em latim, refere-se às orações ditas pelos marinheiros católicos portugueses, quando eles se tornaram náufragos.[2] A vila aparece como St. Martins Paternoster em um mapa antigo de Pierre Mortier.[3] Outras pessoas acreditam que o nome se refere às miçangas que as pessoas da tribo Khoi usavam que eram chamadas de Paternosters.[4]

Economia e turismo

Paternoster é um procurado destino turístico e é conhecido por lagosta e pelas casas brancas dos pescadores. O notável litoral de penhascos e rochedos brancos faz desta uma das mais belas praias da Costa Oeste da África do Sul.

A área é um pilar na indústria da pesca comercial Sul-Africana. A cidade em si tem uma fábrica de lagosta e uma recém-construída fazenda de Kabeljou, enquanto o povo local captura e vende arenques, ou extraem mexilhões das rochas. Na área restante da vila há várias outras atividades comerciais, incluindo pesca profundidade, pesca de senucas, cultivos de abalones e ostras, de conservas de sardinhas e de cultivo de mexilhões. A fazenda de ostras na lagoa da cidade vizinha de Langebaan é atualmente a maior na África do Sul. A lagosta Jasus lalandii foi apreciada pelos primeiros navegadores portugueses.[5] Em 1902 um indústria de lagosta estava em plena operação, enlatando e exportando lagosta para a França, em particular. A indústria de lagosta da Costa Oeste gera milhões a cada ano e emprega um grande número de pessoas locais.

Em 1930, a primeira fábrica Redro foi erguida em Paternoster. A pasta de peixe Redro tem sido desenvolvido pela família Stephan, em um esforço para competir com o já popular Peck's Anchovette, da Grã-Bretanha. Quando lançado pela primeira vez o produto rapidamente se esvaziou das prateleiras e conquistou quase três décadas de monopólio, sendo agora propriedade da Pioneer Food Group.[6]

Os Bokkoms do Cabo são bastante conhecidos nesta região e têm sidos uma fonte de proteína barata e prática por séculos. O método peculiar de preparo e secagem do peixe têm crescido rapidamente, muitas vezes para exportação, em resposta à crescente demanda pelo produto da África do Sul.[7]

Clima

O clima é conhecido principalmente por suas chuvas frequentes, uma zona rural seca e muita brisa. A área recebe mais de sua precipitação durante o inverno e tem um clima Mediterrâneo. O clima favorece o crescimento das famosas flores silvestres pela qual a Costa Oeste é reconhecida.[8]

Atividades na área

  • A área tem um arranjo de mar e vida selvagem interessantes para serem observadas. Atividades incluem assistir baleias, golfinhos, focas e pinguins assim como pássaros, com mais de 225 espécies na área.
  • Atividades esportivas variam desde caiaque, kitesurfing, snorkeling, mergulho e montanhismo.
  • Durante a primavera a área é transformada em um paraíso floral, com flores selvagens crescendo por toda a parte, formando a margem Sul-Ocidental dos famosos carpetes de flores de Namaqualândia.
  • Visitantes podem visitar a reserva natural do Cabo Columbine. A reserva cobre uma área de 263 hectares ao longo do trecho rochoso do litoral. A baía, que é parte da reserva, tem muitos locais de piquenique e instalações de braai.
  • O farol do Cabo Columbine é o único farol controlado manualmente na África do Sul. O farol foi construído em 1936 em Castle Rock. O farol lança um feixe que é visível a partir de cerca de 50 km e é geralmente o primeiro farol sul-africano visto por navios provenientes da Europa.

Galeria

  • Bokkoms - curado, salgado e seco
    Bokkoms - curado, salgado e seco
  • Baía de Paternoster
    Baía de Paternoster
  • Barcos dos pescadores
    Barcos dos pescadores

Referências

  1. "Route27(Public Domain)". 
  2. "Dictionary of Southern African Place Names (Public Domain)".
  3. Botha, Colin Graham (1926).
  4. "Wide Blue(Public Domain)" Arquivado em 12 de abril de 2013, no Wayback Machine.. 
  5. "Route27(Public Domain)". 
  6. "Redro(Public Domain)" Arquivado em 27 de maio de 2013, no Wayback Machine.. 
  7. "Route27(Public Domain)". 
  8. "SA Explorer(Public Domain)".