Método TUNEL

Fígado de camundongo com célula apoptótica marcada por TUNEL

O método de marcação de "nicks" por dUTP e deoxinucleotidil terminal transferase (do inglês, Terminal deoxynucleotidyl transferase dUTP nick end labeling (TUNEL) ) é um método para detecção de fragmentação de DNA através da marcação da ponta terminal de ácidos nucleicos.[1]

Método

O método de TUNEL é utilizado normalmente para detectar a fragmentação do DNA resultante de cascatas de sinalização apoptóticas.[1] O ensaio se baseia na presençã de "nicks" (cortes simples fita) no DNA, identificados pela enzima deoxinucleotidil terminal transferase(terminal deoxynucleotidyl transferase ou TdT). Essa enzima catalisa a adição de dUTPs, marcados com um marcados secundario. Ele pode marcar células que tenham sofrido também dano severo ao DNA (mesmo não sendo fruto direto da cascata apoptótica)

História

Descrito originalmente por Gavrieli, Sherman e Ben-Sasson em 1992,[2]  o método de TUNEL se tornou um dos principais métodos para detectar morte programada por apoptose. Contudo, há um debate sobre sua acurácia, devido a marcação inapropriada no ensaio original de células necróticas como apoptóticas .[3] O método foi aperfeiçoado posteriormentie e, caso executado corretamente, deve identificar unicamente células na última fase da apoptose.[4][5] Novos métodos incorporam dUTPS modificados com fluoróforos ou pequenas moléculas, como biotina e bromina, que podem ser detectados diretamente com núcleotídeos modificados com fluorescência (dUDP-fluoresceína) ou indiratamente com streptavidina ou anticorpos marcados, caso dUTP biotinilado ou BrdUTP são usados, respectivamente.

Referências

  1. a b Lozano G.M., Bejarano, I., Espino, J., González, D., Ortiz, A., García, J.F., Rodríguez, A.B., Pariente, J.A. (2009).
  2. Gavrieli Y, Sherman Y, Ben-Sasson SA (1992). «Identification of programmed cell death in situ via specific labeling of nuclear DNA fragmentation». J Cell Biol. 119 (3): 493–501. PMC 2289665Acessível livremente. PMID 1400587. doi:10.1083/jcb.119.3.493  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  3. Grasl-Kraupp B, Ruttkay-Nedecky B, Koudelka H, Bukowska K, Bursch W, Schulte-Hermann R (1995). «In situ detection of fragmented DNA (TUNEL assay) fails to discriminate among apoptosis, necrosis, and autolytic cell death: a cautionary note». Hepatology. 21 (5): 1465–8. PMID 7737654. doi:10.1002/hep.1840210534  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  4. Negoescu A, Lorimier P, Labat-Moleur F, Drouet C, Robert C, Guillermet C, Brambilla C, Brambilla E (1996). «In situ apoptotic cell labeling by the TUNEL method: improvement and evaluation on cell preparations». J Histochem Cytochem. 44 (9): 959–68. PMID 8773561. doi:10.1177/44.9.8773561  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  5. Negoescu A, Guillermet C, Lorimier P, Brambilla E, Labat-Moleur F (1998). «Importance of DNA fragmentation in apoptosis with regard to TUNEL specificity». Biomed Pharmacother. 52 (6): 252–8. PMID 9755824. doi:10.1016/S0753-3322(98)80010-3  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)

Ligações externas

  • MeSH TUNEL