Lista de unidades federativas do Brasil por taxa de pobreza

Proporção de Brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza por estados do Brasil em 2021, de acordo com PNAD Contínua, IBGE
Proporção de Brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza em 2021, de acordo com a PNAD Contínua (IBGE).
  > 50%
  50% – 25%
  25% – 15%
  < 15%

Esta é uma lista das unidades federativas do Brasil por taxa de pobreza em 2023 segundo fonte principal a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua - PNAD-C, do IBGE[1], o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA[2], o Mapas da Pobreza da Fundação Getúlio Vargas (FGV)[3] e Instituto Jones dos Santos Neves -IJSN, a partir dos microdados da PNADC/IBGE, anualmente atualizada (2012 a 2023).[4]

O contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil com renda domiciliar per capita inferior a R$ 667 reais por mês, ($6.85 dólares per capita ao mês), atingiu 59,2 milhões de brasileiros em 2023, ou 27,5% da população, ante 62,9 milhões, ou 29,6% de 2022. Em 2021, foi o ano com maior patamar de pobreza no Brasil desde o início da série histórica.[5]

O Brasil é um país grande e diverso, com diferenças sócioeconômicas significativas. As taxas de pobreza com maior proporção estão no estado do Maranhão (51,6%), Acre (51,5%) e Ceará (48,7%). As menores taxas encontram-se em Santa Catarina (11,6%), Rio Grande do Sul (14,4%) e Distrito Federal (15,6%).

Taxa de pobreza em 2023

Posição Unidade Federativa Taxa de pobreza

2023[1]

Taxa de pobreza

2022[6]

1  Maranhão 51,6¨% 56,7%
2  Acre 51,5% 51,0%
3  Ceará 48,7% 50,,7%
4  Pernambuco 47,7% 50,7%
5  Paraíba 47,5% 52,7%
6  Alagoas 46,2% 54,2%
7 Bahia Bahia 46,0% 50,5%
8  Amazonas 45,8% 55,1%
9  Piauí 45,4% 48,2%
10  Sergipe 44,1% 45,2%
11  Rio Grande do Norte 43,5% 44,2%
12 Pará Pará 39,5% 47,0%
13  Roraima 35,6% 45,1%
14  Amapá 33,0% 47,8%
15  Tocantins 28,7% 34,0%
-  Brasil 27,5% 31.6%
16  Rondônia 24,4% 29,6%
17  Espírito Santo 22,8% 26,3%
18  Rio de Janeiro 21,1% 26,6%
19  Minas Gerais 20,2% 27,0%
20  Mato Grosso do Sul 19,3% 21,3%
21  Goiás 18,4% 22,7%
22  Mato Grosso 17,3% 22,1%
23  Paraná 20,0%
24  São Paulo 16,3% 19,6%
25  Distrito Federal 15,6% 17,1%
26  Rio Grande do Sul 14,4% 16,8%
27  Santa Catarina 11,6% 12,8%

Pobreza por regiões do Brasil

Abaixo estão as taxas de pobreza por regiões

Posiç. Regiões[7] Taxa de pobreza 2021
1 Nordeste 47,4%
3 Norte 36,9%
2 Sudeste 19,8%
5 Centro-Oeste 17,6%
4 Sul 14,9%

Histórico da taxa de pobreza, 1970–2020

Lista em década, de 1970 a 2020 classificadas por ordem alfabética das unidades federativas do Brasil

(Limiar de pobreza com renda efetiva de $5.50 dia (PPC 2011)

Unidade federativa 1970 1980 1990 2000 2010 2020
 Acre 78,2% 55,3% 64,4% 44,0% 29,4% 41,0%
 Alagoas 88,1% 69,5% 72,0% 56,8% 34,2% 44,3%
 Amapá 72,5% 50,0% 46,32% 38,1% 24,0% 43,0%
 Amazonas 78,2% 44,6% 52,4% 48,5% 30,7% 45,7%
Bahia Bahia 84,9% 60,3% 71,5% 49,7% 28,7% 39,2%
 Ceará 90,0% 70,2% 72,7% 51,7% 30,3% 39,9%
 Distrito Federal 45,6% 17,5% 21,9% 12,2% 4,9% 13,8%
 Espírito Santo 79,7% 40,7% 47,9% 22,8% 9,5% 20,1%
 Goiás 77,7% 41,5% 42,1% 20,9% 7,5% 19,2%
 Maranhão 90,0% 74,1% 79,1% 62,7% 39,5% 49,5%
 Mato Grosso 79,7% 45,9% 44,3% 22,0% 10,5% 17,3%
 Mato Grosso do Sul - 37,8% 42,8% 22,8% 9,9% 17,3%
 Minas Gerais 77,5% 41,4% 49,5% 24,6% 10,9% 18,7%
Pará Pará 80,4% 51,9% 61,8% 46,9% 32,3% 37,7%
 Paraíba 91,7% 73,1% 73,6% 49,6% 28,9% 40,6%
 Paraná 74,7% 39,1% 41,1% 18,9% 6,4% 15,8%
 Pernambuco 84,1% 60,0% 65,1% 45,2% 27,1% 42,3%
 Piauí 94,5% 80,1% 78,1% 57,2% 34,1% 39,1%
 Rio de Janeiro 26,3% 18,7% 31,4% 13,6% 7,2% 20,3%
 Rio Grande do Norte 89,9% 65,9% 66,8% 44,8% 23,7% 35,4%
 Rio Grande do Sul 62,9% 25,9% 34,7% 15,5% 6,3% 13,8%
 Rondônia 59,7% 46,4% 55,2% 29,8% 14,8% 20,7%
 Roraima 68,1% 35,7% 39,3% 33,56% 26,6% 40,1%
 Santa Catarina 74,1% 29,3% 33,3% 12,7% 3,6% 9,1%
 São Paulo 41,7% 12,8% 17,4% 9,7% 4,6% 15,5%
 Sergipe 87,1% 62,5% 66,5% 48,8% 27,8% 35,9%
 Tocantins - - 66,2% 45,1% 4,6% 30,9%
 Brasil 67,9[8] 39,4 38,1 27,9 15,2 25,0%

Nota

As linhas de pobreza adotadas nesta análise consideram os parâmetros calculados e recomendados pelo Banco Mundial de US$2,15/dia, para o índice de extrema pobreza, e de US$ 6,85/ dia, para o índice de pobreza. Todos os valores consideram a medida de paridade de poder de compra (2017) e são ajustados a preços médios de 2023 de acordo com Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para o cálculo das taxas, foram consideradas as linhas de pobreza e extrema pobreza estabelecidas pelo Banco Mundial – ou seja, US$ 6,85 per capita/dia e US$ 2,15 per capita/dia, respectivamente, comparados com a paridade de poder de compra do Brasil. Assim, as referências mensais das linhas de pobreza e extrema pobreza tomadas como limites foram R$ 665,02 e R$ 208,73, a valores de 2022.


Pelos critérios do Banco Mundial são consideradas pobres as pessoas que dispõem de menos de US$ 5,50 por dia por pessoa, equivalente a uma renda mensal per capita de R$ 497 reais em 2021 para o limiar de pobreza nacional, atuais R$ 637 ao mês, ou R$21,23 ao dia em 2022, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

1. Em 1970, Amapá, Rondônia e Roraima existiam como territórios. Mato Grosso do Sul e Tocantins não eram unidades federativas.

Ver também

Referências

  1. a b «Síntese de Indicadores Sociais | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  2. «Proporção de pobreza». "Ipeadata.org". 2014. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  3. «Mapa da Nova Pobreza». Fundação Getulio Vargas "FGV Social". 2022. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  4. «Rendimento de todas as fontes». "PNAD Contínua - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua" (PNADC/IBGE). 2021. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  5. «Entre 2019 e 2021, 9,6 milhões de pessoas entraram na linha de pobreza no Brasil, diz FGV». "CNN Brasil". 29 de junho de 2022. Consultado em 13 de setembro de 2022 
  6. «Síntese de Indicadores Sociais 2022». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2022. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  7. «Extrema pobreza bate recorde no Brasil em dois anos de pandemia, diz IBGE». G1. Consultado em 21 de dezembro de 2022 
  8. «Ipeadata». www.ipeadata.gov.br. Consultado em 24 de abril de 2023