Isomorfismo musical

Em matemática, o isomorfismo musical (ou isomorfismo canônico) é um isomorfismo entre o fibrado tangente TM e o fibrado cotangente TM e uma variedade de Riemann dada por sua métrica. Existem isomorfismos similares em variedades simpléticas. O termo musical refere-se ao uso dos símbolos {\displaystyle \flat } e {\displaystyle \sharp } .[1][2]

Introdução

Uma métrica g em uma variedade Riemanniana M é um campo tensorial g T 2 ( M ) {\displaystyle g\in {\mathcal {T}}_{2}(M)} que é simétrico, não degenerado e positivo-definido. Ao fixar-se um dos dois parâmetros como um vetor v p T p M {\displaystyle v_{p}\in T_{p}M} , se obtém um isomorfismo de espaços vectoriais:

g ^ p : T p M T p M {\displaystyle {\hat {g}}_{p}:T_{p}M\longrightarrow T_{p}^{*}M}

definido por:

g ^ p ( v p ) = g ( v p , ) {\displaystyle {\hat {g}}_{p}(v_{p})=g(v_{p},-)}

ou seja,

g ^ p ( v p ) , ω p = g p ( v p , ω p ) {\displaystyle \langle {\hat {g}}_{p}(v_{p}),\omega _{p}\rangle =g_{p}(v_{p},\omega _{p})}

Globalmente,

g ^ : T M T M {\displaystyle {\hat {g}}:TM\longrightarrow T^{*}M}

é um difeomorfismo.

Detalhes da motivação para o nome

O isomorfismo g ^ {\displaystyle {\hat {g}}} e seu inverso g ^ 1 {\displaystyle {\hat {g}}^{-1}} se denominam isomorfismos musicais porque sobem a baixam os índices dos vetores. Por exemplo, um vetor de TM é escrito como α i x i {\displaystyle \alpha ^{i}{\frac {\partial }{\partial x^{i}}}} e um covetor como α i d x i {\displaystyle \alpha _{i}dx^{i}} , assim que o índice i sobe e baixa em α {\displaystyle \alpha } do mesmo modo que os símbolos sustenido ( {\displaystyle \sharp } ) e bemol ( {\displaystyle \flat } ) sobem e baixam um semitom.

Gradiente

Os isomorfismos musicais podem ser usados para definir o gradiente de uma função diferenciável sobre uma variedade riemanniana M como:

f = g r a d f = g ^ 1 d f = ( d f ) {\displaystyle \nabla f=\mathrm {grad} \;f={\hat {g}}^{-1}\circ df=(df)^{\sharp }}

Ver também

Referências

  1. Juan J. Morales Ruiz; Differential Galois Theory and Non-Integrability of Hamiltonian Systems; Birkhäuser, 2012. pg 45 - books.google.com.br
  2. The Origin of the Musical Isomorphisms - MathOverflow