Helena Kolody
Helena Kolody | |
---|---|
Nascimento | 12 de outubro de 1912 União da Vitória, PR |
Morte | 15 de fevereiro de 2004 (91 anos) Curitiba, PR |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | poetisa e professora |
Prêmios | Ordem do Mérito Cultural (2011) (ver mais) |
Magnum opus | Sempre poesia: Antologia poética |
Influências | Fanny Dupré, Paulo Leminski, Alice Ruiz, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Carlos Nejar, Pablo Neruda, Emílio de Meneses, Andrade Muricy, Baudelaire, Alphonsus de Guimaraens, Guilherme de Almeida, Mario Quintana, Manuel Bandeira, João Cabral |
Influenciados | Paulo Leminski |
Helena Kolody (União da Vitória,[nota 1] 12 de outubro de 1912 – Curitiba, 15 de fevereiro de 2004) foi uma poeta brasileira.[1][2]
Biografia
Seus pais, Miguel e Vitória Kolody, foram imigrantes ucranianos que se conheceram no Brasil. Nascida em União da Vitória, Helena passou parte da infância até 1920 em Três Barras e até 1922 na cidade de Rio Negro, onde fez o curso primário. Estudou piano, pintura e, aos doze anos, fez seus primeiros versos.[3][4][5]
Seu primeiro poema publicado foi A Lágrima, aos 16 anos de idade, e a divulgação de seus trabalhos, na época, era através da revista Marinha, de Paranaguá.[4]
Aos 20 anos, Helena iniciou a carreira de professora do ensino médio e inspetora de escola pública. Lecionou no Instituto de Educação de Curitiba por 23 anos. Helena Kolody, segundo o que consta em seu livro Viagem no Espelho, foi professora da "Escola de Professores" da cidade de Jacarezinho, onde lecionou por vários anos.[3] Também lecionou em Ponta Grossa, administrando aulas de metodologia e biologia.[4]
Seu primeiro livro, publicado em 1941, foi Paisagem Interior, dedicado a seu pai, Miguel Kolody, que faleceu dois meses antes da publicação.[4]
Helena se tornou uma das poetisas mais importantes do Paraná, e praticava principalmente o haicai,[3] que é uma forma poética de origem japonesa, cuja característica é a concisão, ou seja, a arte de dizer o máximo com o mínimo. Foi a primeira mulher a publicar haicais no Brasil, em 1941. Em 1993. foi homenageada pela comunidade nipônica brasileira com o nome de haicaísta.[6][7]
Morreu aos 91 anos, vítima de problemas cardíacos. Está enterrada no Cemitério Municipal de Paraná.[8]
Obras
- Paisagem Interior (1949)[4]
- Música Submersa (1945)
- A Sombra no Rio (1951)
- Poesias Completas (1962)
- Vida Breve (1965)
- Era Espacial e Trilha Sonora (1966)
- Antologia Poética (1967)
- Tempo (1970)
- Correnteza (1977, seleção de poemas publicados até esta data)
- Infinito Presente (1980)
- Poesias Escolhidas (1983, traduções de seus poemas para o ucraniano)
- Sempre Palavra (1985)
- Poesia Mínima (1986)
- Viagem no Espelho (1995, reunião de vários livros já publicados)
- Ontem, Agora (1991)
- Reika (1993)[7]
- Sempre Poesia (1994, antologia poética)
- Caixinha de Música (1996)
- Luz Infinita (1997, edição bilíngüe).
- Sinfonia da Vida (1997, antologia poética com depoimentos da poetisa)
- Helena Kolody por Helena Kolody (1997, CD gravado para a coleção Poesia Falada)
- Poemas do Amor Impossível (2002, antologia poética)
- Memórias de Nhá Mariquinha (2007, obra em prosa)
Prêmios e homenagens
- 1985 - Recebe o "Diploma de Mérito Literário da Prefeitura de Curitiba".
- 1987 - Recebe o título de "Cidadã Honorária de Curitiba".
- 1988 - Criação do "Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody", realizado anualmente pela Secretaria da Cultura do Paraná, em sua homenagem.[5]
- 1989 - Gravação e publicação de seu depoimento para o Museu da Imagem e do Som do Paraná.
- 1991 - Eleita para a Academia Paranaense de Letras.
- 1992 - O filme A Babel de Luz, do cineasta Sylvio Back, homenageia os 80 anos da poetisa, tendo recebido o prêmio de melhor curta-metragem e melhor montagem, do 25° Festival de Brasília.
- 2002 - Exposição em homenagem aos 90 anos da poetisa, na Biblioteca Pública do Paraná.
- 2003 - Recebe o título de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade Federal do Paraná.
Notas e referências
Notas
- ↑ A localidade onde nasceu a biografada ficava no município de União da Vitória, nas terras onde seis anos mais tarde seria fundado o distrito de Cruz Machado, que só se emanciparia quatro décadas depois.
Referências
- ↑ Projeto Releituras. «Menu do autor: Helena Kolody». Consultado em 11 de setembro de 2011
- ↑ Representação Central Ucraniano-Brasileira. «Biografia». Consultado em 11 de setembro de 2011
- ↑ a b c Secretaria de Educação do Estado do Paraná. «Helena Kolody - Homenagem a poetiza brasileira - (Biografia)». Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ a b c d e Portal Memória Paranaense. «Vida e poesia de Helena Kolody». Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ a b Agência de Notícias do Estado do Paraná. «Jornal Cândido dedica edição a Helena Kolody». Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ Revista Cândido n.º 80 (Março de 2018). Roteiro Literário de Helena Kolody, pág. 29.
- ↑ a b e-Revista - Universidade UNIOESTE (2009). «A influência da arte oriental na poesia de Helena Kolody e o ensino-aprendizagem do haicai». Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ Tribuna PR (16 de Fevereiro de 2004). «A despedida de Helena Kolody». Consultado em 10 de Abril de 2018
Ligações externas
- «Kaki, revista brasileira de haicai»
- «Cronologia, em NetSaber»
Este artigo sobre um escritor do Brasil é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. |
- Portal de biografias
- Portal das mulheres
- Portal da literatura
- Portal do Paraná