Ciência Viva
Ciência Viva é a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, que procura aproximar a sociedade portuguesa da Ciência e dos cientistas, através de iniciativas de promoção do ensino experimental das ciências nas escolas, de campanhas nacionais de divulgação científica e de uma Rede Nacional de Centros Ciência Viva, museus interativos de ciência e tecnologia[1] para que serve ciência viva.
Criação
O programa Ciência Viva foi criado como uma unidade do Ministério da Ciência e da Tecnologia português, por despacho de 1 de julho de 1996[2], do então Ministro da Ciência e Tecnologia, José Mariano Gago.
Em 17 de julho de 1998, foi constituída a Associação Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (ANCCT).[3]
As instituições associadas da Ciência Viva - ANCCT são as seguintes:
- Agência de Inovação, S. A.;
- Fundação para a Ciência e a Tecnologia I. P. (FCT);
- Centro de Neurociências de Coimbra (CNC);
- Centro de Estudos Sociais (CES);
- Instituto de Telecomunicações (IT);
- Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS);
- Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC);
- Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP);
- Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB);
- Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP);
- Instituto Nacional de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC).
Objetivos
O objetivo principal desta Agência é a promoção da cultura científica e tecnológica junto de toda a população portuguesa, utilizando três vetores fundamentais: a promoção do ensino experimental das ciências no ensino básico e secundário, a organização de campanhas de divulgação científica dirigidas à população, e a dinamização de uma Rede Nacional de Centros Ciência Viva, museus interativos de Ciência.
Atividades
A Ciência Viva realiza diversas atividades junto do público, tais como a montagem de experiências laboratoriais interativas, observações astronómicas, debates e exposições temáticas. Muitos desses projetos têm um carácter internacional, contando com a colaboração de organizações tais como a Agência Espacial Europeia, e estimulando o contacto entre instituições educativas (escolas e universidades) de locais diversos como o ino Unido ou Macau.
As atividades atualmente desenvolvidas no âmbito do programa debruçam-se sobre assuntos tais como as Ciências da Terra e do Espaço, a Robótica, a Genética e riscos ambientais.
Projetos anteriores abordaram também assuntos tais como a Arqueologia Marinha, a Educação de Ciências, a Geografia e a Saúde.
O programa promove também estágios em universidades e centros de investigação científica, os quais são destinados a alunos do ensino secundário e decorrem durante as férias de verão em Portugal, nos meses de julho a setembro, e por períodos de uma a duas semanas.
Rede Nacional de Centros Ciência Viva
Em 2019, existiam 21 centros Ciência Viva:[4]:
- Centro Ciência Viva de Sintra (Sintra)
- Centro Ciência Viva da Amadora (Amadora)
- Centro Ciência Viva da Floresta (Proença-a-Nova)
- Centro Ciência Viva de Bragança (Bragança)
- Centro Ciência Viva de Constância (Constância)
- Centro Ciência Viva de Estremoz (Estremoz)
- Centro Ciência Viva de Porto Moniz (Madeira)
- Centro Ciência Viva de Tavira (Tavira)
- Centro Ciência Viva de Vila do Conde (Vila do Conde)
- Centro Ciência Viva do Algarve (Faro)
- Centro Ciência Viva do Alviela - Carsoscópio (Alcanena)
- Exploratório - Centro Ciência Viva de Coimbra (Coimbra)
- Fábrica – Centro Ciência Viva de Aveiro (Aveiro)
- Pavilhão do Conhecimento (Lisboa)
- Planetário Calouste Gulbenkian (Lisboa)
- Visionarium – Centro de Ciência do Europarque (Santa Maria da Feira)
- Planetário do Porto - Centro Ciência Viva (Porto)
- Expolab (Lagoa)
- Observatório do Ambiente dos Açores (Angra do Heroísmo)
- Centro Ciência Viva do Lousal-"Mina de Ciência" (Lousal)
- Galeria da Biodiversidade - Centro de Ciência Viva (Porto)
O 21.º Centro de Ciência Viva vai abrir em Braga e diferencia-se na sua essência, na medida em que vai instalar-se no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia.
Avaliação
Tendo como objetivo avaliar os projetos em execução, é promovida, anualmente, a realização do Fórum Ciência Viva.
A avaliação é feita por uma equipa internacional, possibilitando a comparação dos programas portugueses com os existentes no resto do mundo.
Sociedades de que é membro
O Ciência Viva é membro da European Science Events Association (EUSCEA)[5].
Louvores
Em 2016, a Agência Ciência Viva e os Centros Ciência Viva foram objeto de um louvor[4] do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, pelo contributo «que têm tido na promoção da cultura científica e tecnológica na sociedade portuguesa, através de ações dirigidas a diferentes públicos, com especial ênfase na comunidade juvenil, incentivando a inovação e a experimentação direta, fomentando a cidadania científica e potenciando a interação entre as instituições de ensino e investigação e as empresas, em especial para as pequenas e médias empresas, de forma a aumentar a sua produtividade e competitividade.»
Ver também
- MCTES
- Fundação para a Ciência e a Tecnologia
- Pavilhão do Conhecimento
- Expolab
- Observatório do Ambiente dos Açores
Referências
- ↑ Centros Ciência Viva
- ↑ Despacho n.º 6/MCT/96.
- ↑ Cf. Diário da República, 3.ª série, n.º 256/98, de 5 de Novembro de 1998.
- ↑ a b Cf. Louvor n.º 583/2016 (2.ª série), de 5 de dezembro, retificado pela Declaração de Retificação n.º 133/2017 (2.ª série), de 22 de fevereiro.
- ↑ Ver sítio na Internet nas ligações externas.
Ligações externas
- Sítio oficial
- European Science Events Association