Arte colonial do Brasil

Arte colonial designa a produção artística brasileira do Brasil Colônia, quando o território era uma colônia do império ultramarino português.

O Barroco, trazido da Europa por religiosos artistas portugueses e espanhois, desenvolveu-se com mestres de ofício formados na terra brasileira por estes monges, freis e padres, cuja principal atividade era a catequização, e não o estabelecimento de escolas ou oficinas artísticas.

A linguagem do barroco aclimatou-se na colônia, adaptando-se à escassez de mão de obra e material, tendo utilizado a madeira local, argila e mesmo tintas com alguns pigmentos da própria terra. Recebeu influências da cultura indígena, além da africana e asiática.

As imagens religiosas vindas de outras colônias portuguesas serviram de inspiração e referência para os artistas locais, como se pode verificar nas chinoiseries ("chinesices") presentes na decoração de igrejas mineiras (Sabará, Mariana) e também nas imagens religiosas de mestres entalhadores que mostram sua influência dos marfins indianos, como frei Agostinho da Piedade e outros.

Conservou, contudo, sua base europeia, originada na cultura religiosa católica e sendo influenciado pela tradição artística cristã de várias épocas, às vezes inusitada, como é possível ver nos elementos góticos da arte de Aleijadinho.[1]

Nos anos finais do século XVIII e inícios do XIX, o Rococó mistura-se à linguagem barroca na arquitetura, imaginária e pintura, sem perder o referencial religioso, ao contrário do movimento na Europa, que se desvinculou da representação sacra católica, abordando lá temas profanos em sua maioria.

Portanto, é majoritária a arte sacra na arte brasileira dos primeiros três séculos, sendo Aleijadinho, Agostinho da Piedade e Agostinho de Jesus, além de Francisco Xavier de Brito, Mestre Ataíde e Mestre Valentim suas mais importantes figuras.

Ver também

Referências

  1. Batista, Eduardo Luis Araújo de Oliveira (abril de 2017). «Iconografia tropical: motivos locais na arte colonial brasileira». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. pp. 359–401. doi:10.1590/1982-02672017v25n0113. Consultado em 22 de abril de 2024 
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