Alexandre Mury
Alexandre Mury | |
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Nome completo | Alexandre de Carvalho Mury |
Nascimento | 13 de janeiro de 1976 (48 anos) São Fidélis, Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Artista Visual (Artista Plástico), Fotógrafo e Publicitário |
Alexandre de Carvalho Mury (São Fidélis, 1976) é um artista plástico brasileiro, indicado ao Prêmio PIPA em 2016.[1] Mury é conhecido por dedicar-se tanto à recriação de obras preexistentes quanto a representações de figuras que compõem o imaginário cultural. As releituras do artista são fotografias performáticas que dialogam com todos os períodos da História da Arte trazendo o olhar para o Contemporâneo.[1][2][3][4][5]
Biografia
Filho de um marceneiro e uma costureira, interessou-se pelas habilidades manuais no convívio com os pais.[5] Desde criança, Mury desenhava e pintava e começou a fotografar aos 16 anos.[4] Em 1997, ingressou na Faculdade de Filosofia de Campos cursando Publicidade e Propaganda, que concluiu em 2001. Lecionou entre 2003 e 2006, no curso de Comunicação Social e atuou como diretor de arte em agências de publicidade de 2001 a 2010, tendo residido e trabalhado na cidade de Vitória, entre 2005 e 2010.[1][4][5]
Tudo começou com experimentações em casa, nos anos 90, onde realizava as fotografias com câmera analógica. Em 2002, quando surgiu o Fotolog, começou a postar na internet. Até que, Afonso Costa, um famoso comerciante de arte, tomou conhecimento de seus autorretratos ao visitar um site. O marchand tentou contato com Alexandre Mury diversas vezes, mas por acaso, na abertura de uma exposição em Vitória, no ano de 2008, pode fazer o convite para representá-lo.[1][6][5]
Em 2009, Mury conheceu Joaquim Paiva, o maior colecionador privado de fotografia do Brasil, que adquiriu uma série de 16 trabalhos. O comprador seguinte foi Gilberto Chateaubriand. Depois disso, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) incluiu trabalhos de Mury na mostra “Novas Aquisições 2007/2010”. Desse modo, pela primeira vez, os trabalhos de Alexandre Mury foram expostos em um museu.[1][6][5]
Suas obras atualmente fazem parte de importantes coleções, como as de Joaquim Paiva e de Gilberto Chateaubriand, além da de Paula e Silvio Frota, diretores do Museu da Fotografia Fortaleza, no Ceará. [7][6]
Processo Artístico
Para Mury, seu trabalho dá novos significados aos seres mitológicos, vultos históricos e ícones literários reelaborando o sentido original.[1]
Ao contar sobre o processo de pesquisa de uma de suas releituras, na obra Ganímedes, Mury diz que apesar de ter encontrado cerca de dez mil imagens de referência, sua leitura não é um tableau vivant de nenhuma delas, mas sim, uma releitura do mito.[1]
A sua releitura do “Abaporu”, que faz um diálogo com a obra icônica da Tarsila do Amaral, por exemplo, levou três dias, entre a busca de um cacto e de um local onde o pôr do sol ficasse exatamente no alinhamento, referenciando a composição dos elementos, como na obra original.[6]
Para a curadora, Vanda Klabin, as obras não são apenas fotografias, mas instalações temporárias e performances que acabam por ser capturadas pela câmera, segundo ela: “É uma estética atual que define a heterogeneidade da arte contemporânea”.[1]
Exposições
- Título: Fricções Históricas[1]
- Locais de exposição: Rio de Janeiro (Caixa Cultural); Vitória (SESC Glória)[1]
A exposição exibiu 48 fotografias em grandes formatos. Os trabalhos apresentavam releituras de obras famosas, como o Abaporu, de Tarsila do Amaral, O Bebedor de Absinto, de Picasso e Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.[1]
Para Mury, a exposição era algo "para ver e rever", segundo ele, há sempre algo novo ao revisitar cada imagem.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l Machado, Viviane; Buzin, Luiza (28 de abril de 2015). «Exposição de Alexandre Mury traz autorretratos à luz de mitos da arte». G1. Consultado em 18 de dezembro de 2020
- ↑ «Alexandre Mury». Enciclopédia Itaú Cultural. 23 de fevereiro de 2017. Consultado em 21 de dezembro de 2020
- ↑ «Alexandre Mury». Google Arts & Culture. Consultado em 25 de janeiro de 2021
- ↑ a b c «Alexandre Mury, Ficções Históricas». Bolsa de Arte. 19 de julho de 2013. Consultado em 25 de dezembro de 2020
- ↑ a b c d e «Fricções Históricas, de Alexandre Mury, chega ao SescGlória com obras inéditas». Rio de Janeiro: Jornal do Brasil. 6 de maio de 2015. Consultado em 25 de setembro de 2021
- ↑ a b c d «Alexandre Mury em busca de um papel na história. Artista faz mostra individual com autorretratos inspirados em obras clássicas». Rio de Janeiro: jornal O Globo. 19 de julho de 2013. Consultado em 25 de setembro de 2021
- ↑ «Coleção Silvio Frota, Fotógrafos brasileiros» (PDF). www.mapacultural.fortaleza.ce.gov.br. 2019. Consultado em 27 de janeiro de 2021
Ligações externas
- Site oficial www.alexandremury.art
- Artsy - Alexandre Mury
- Base de Dados de Livros de Fotografia
- Programa do Jô - Alexandre Mury, artista plástico
- Fotografia Contemporânea no Brasil, curadoria Vanda Klabin, Caixa Cultural, 2015
- Catálogo Exposição - Alexandre Mury
- O Globo . Cultura - Alexandre Mury
- Jornal do Brasil . Cultura - Alexandre Mury
- Canal Contemporâneo . Um mundo reinventado - Alexandre Mury
Hamlet, 2010 - Alexandre Mury (Autorretrato ) Coleção Gilberto Chateaubriand( MAM-RJ )
- [https://ppgav.ufba.br/sites/ppgav.ufba.br/files/dilson_-_tese.pdf UFBA APROPRIAÇÃO DE IMAGENS
NAS ARTES VISUAIS NO BRASIL E NA BAHIA - DILSON RODRIGUES MIDLEJ]
- USP - O Festival Internacional de Fotografia: Paraty em Foco e a legitimação da fotografia contemporânea - Zarattini, Mônica Rolim
- IRDEB - Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Autorretratos de Alexandre Mury brincam com ícones da história da arte
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